Google e a Apple alterou a nomenclatura do Golfo do México para "Golfo da América" em seu aplicativo de mapas para usuários nos Estados Unidos. A mudança atende a um decreto assinado pelo Presidente Donald Trump logo após sua posse, em 20 de janeiro.
Foto: Reprodução|Google
Com a modificação, qualquer pessoa que acessar o Apple Maps dentro dos EUA verá o corpo d'água identificado como "Golfo da América". No entanto, fora do país, a nomenclatura original será mantida. O Google adotou a mesma abordagem em sua plataforma de mapas, permitindo que usuários mexicanos vejam apenas "Golfo do México", enquanto no restante do mundo ambos os nomes aparecem simultaneamente.
A decisão da Apple veio pouco depois da atualização feita pelo Google, que justificou a mudança alegando que as configurações do mapa refletem diretrizes geográficas adotadas localmente. O site norte-americano The Verge também apontou que o sistema de mapas do Microsoft Bing ajustou a denominação para usuários nos EUA, reforçando a tendência de adequação às diretrizes nacionais.
A renomeação do golfo não foi o único caso de intervenção presidencial sobre nomes geográficos nos Estados Unidos. Durante seu mandato, Presidente Donald Trump também assinou decretos alterando o nome de Denali, a montanha mais alta da América do Norte, anteriormente conhecida como Monte McKinley. Essas mudanças, no entanto, geraram controvérsias e levantaram questionamentos sobre até que ponto um País pode unilateralmente redefinir a nomenclatura de locais que transcendem suas fronteiras.
Especialistas e organizações internacionais apontam que decisões desse tipo deveriam ser discutidas em fóruns globais, considerando tratados e convenções geográficas. Ainda assim, gigantes da tecnologia, como Apple, Google e Microsoft, seguiram a diretriz presidencial, reforçando o impacto político sobre as plataformas digitais e a forma como informações são apresentadas aos usuários em diferentes regiões do mundo.