NotíciasCigarros eletrônicos têm até seis vezes mais nicotina que os convencionais, aponta estudo do InCor.

29 Novembro, 2024


Uma pesquisa conduzida pelo Instituto do Coração (InCor) em parceria com o Centro de Vigilância Sanitária trouxe à tona preocupações crescentes sobre o uso de cigarros eletrônicos, como vapes e pods, especialmente entre jovens no estado de São Paulo. O estudo revelou que os usuários desses dispositivos podem acumular até seis vezes mais nicotina no sangue ao longo do tempo em comparação com fumantes de cigarros convencionais, intensificando os riscos à saúde.

Cigarros eletrônicos têm até seis vezes mais nicotina que os convencionais, aponta estudo do InCor

Imagem Jornal de Itirapina

Apesar de a comercialização de cigarros eletrônicos ser proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) desde 2009, a presença desses produtos é amplamente notada em eventos, festas e até mesmo em estabelecimentos comerciais. Os dados da pesquisa incluíram entrevistas com usuários, destacando que os níveis de nicotina no organismo dos adeptos desses dispositivos ultrapassam significativamente os encontrados em fumantes de tabaco tradicional.

Riscos para a saúde física e mental

Médicos e especialistas alertam para o aumento de complicações pulmonares entre jovens associados ao uso de cigarros eletrônicos. Problemas como falta de ar, tosse crônica e inflamações respiratórias têm se tornado frequentes nos consultórios, reflexo direto da alta concentração de nicotina e outras substâncias químicas presentes nesses dispositivos.

Além disso, o estudo apontou que cerca de 30% dos usuários de vapes relatam enfrentar transtornos mentais, como ansiedade e depressão. Os pesquisadores sugerem uma relação bidirecional, onde o vício em nicotina agrava as condições psicológicas e, por sua vez, problemas emocionais podem levar ao uso abusivo desses produtos.

Conscientização

Diante desses resultados, especialistas reforçam a necessidade de campanhas educativas voltadas para o público jovem, alertando sobre os perigos dos cigarros eletrônicos. "O consumo é frequentemente associado a uma imagem de modernidade e menos nocivo do que o cigarro convencional, o que é um mito perigoso. Estamos lidando com uma bomba-relógio de saúde pública", alertou um dos pesquisadores do InCor.

A pesquisa reforça a urgência de ampliar as ações de fiscalização e conscientização sobre os riscos dos cigarros eletrônicos, visando proteger uma geração cada vez mais exposta aos perigos do vício.

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