Uma reunião marcada para discutir ajustes na estrutura da Guarda Civil Municipal de Osasco terminou em tragédia nesta segunda-feira (6). O secretário-adjunto de Segurança e Controle Urbano do município, Adilson Custódio Moreira, foi morto a tiros dentro da Sala Oval da Prefeitura por um guarda municipal, identificado como Henrique Marival de Souza. Segundo a Polícia Civil, o crime teria sido motivado por desentendimentos sobre possíveis mudanças no local de trabalho do guarda.

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A Sala Oval, que é o principal espaço para encontros administrativos, foi palco do ato violento. Adilson, que atuava na gestão pública de Osasco há oito anos, conduzia a reunião destinada a debater a organização da corporação em meio à transição de governo. Durante o encontro, uma discussão acalorada começou após Henrique ser informado de alterações na escala de trabalho, o que poderia envolver mudanças em sua lotação.
Testemunhas relataram que o guarda sacou sua arma e disparou contra o secretário-adjunto. Em meio ao caos, outros guardas que participavam da reunião saíram correndo, enquanto Henrique trancava as portas da sala e montava barricadas. Ele manteve o espaço isolado por cerca de duas horas, período em que equipes do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) da Polícia Militar negociaram sua rendição.
Henrique Marival de Souza se entregou por volta das 19h30 e foi encaminhado à delegacia seccional de Osasco, onde será ouvido e indiciado. A Prefeitura informou que o guarda havia sido elogiado em 2017 por sua atuação em uma ocorrência, mas não revelou detalhes sobre seu histórico recente.
Adilson Moreira, conhecido como "Moreira", era um servidor experiente e respeitado. Ele iniciou sua trajetória na Prefeitura durante o governo de Rogério Lins e foi mantido na gestão do atual prefeito, Gerson Pessoa (Podemos). Na hora do crime, o prefeito não estava no prédio.
A Prefeitura de Osasco lamentou profundamente a morte de Adilson em nota oficial, destacando seu comprometimento e legado. “Moreira foi atingido por tiros disparados por um guarda civil municipal após uma reunião. O autor foi preso e conduzido à delegacia. A negociação foi conduzida pelo GATE, com apoio de policiais militares, civis e guardas municipais. Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento.”

Imagem da internet: Ex-prefeito de Osasco Rogério Lins com secretário morto (à dir)
O prédio da Prefeitura foi interditado para que as polícias Civil, Militar e a própria Guarda Civil realizassem os trabalhos de investigação. Corredores foram isolados e os funcionários orientados a deixar o local. No entorno, viaturas da polícia, do Corpo de Bombeiros e ambulâncias acompanharam a ocorrência.
A Secretaria de Segurança Pública também se manifestou em nota, lamentando o ocorrido e informando que exames periciais foram solicitados. "O autor do crime será indiciado e mais detalhes serão fornecidos após o registro do boletim de ocorrência", destacou o texto.
O episódio deixou em choque os servidores municipais e a população de Osasco. A investigação sobre o crime deve seguir para esclarecer os detalhes do caso e as motivações exatas do autor.