Para mitigar esse cenário, o governo está avaliando a possibilidade de restabelecer o Horário de Verão, que consiste em adiantar os relógios em uma hora, prolongando os dias nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, entre os meses de novembro e fevereiro.

Foto: Jornal de Itirapina
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, solicitou um estudo técnico a respeito da possível reintrodução do Horário de Verão. A expectativa é que o resultado seja divulgado até a próxima segunda-feira, 16 de agosto de 2024. Essa análise está sendo realizada em meio à severa seca que afeta o Brasil, que resultou em reservatórios das hidrelétricas operando com menos de 50% de sua capacidade, causando um impacto no aumento das contas de luz.
Devido à intensa seca e ao uso de usinas termelétricas, a fatura de setembro será marcada pela bandeira vermelha patamar 1, o que representa um acréscimo de R$ 4,46 a cada cem quilowatts/hora consumidos. Essa situação representará um peso adicional para os consumidores e empresas, além de contribuir para a pressão inflacionária.
"O Horário de Verão é uma opção em discussão, mas está sendo desenvolvido todo um arcabouço em torno das soluções globais para facilitar a passagem pelo verão. Receberei esse relatório até a próxima segunda-feira e, caso indique essa direção, iremos submetê-lo a uma decisão governamental", afirmou Silveira.
De acordo com alguns especialistas, o Horário de Verão ajuda a preservar o sistema elétrico do Brasil, que sofre alta demanda durante o pico de consumo, que ocorre entre 18h e 21h. Um estudo realizado em 2022 pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico chegou à conclusão de que o Horário de Verão não assegurava economia de energia. Além disso, o programa aparentava ter um impacto limitado nas despesas dos consumidores.