O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já recebeu mais de 1 milhão de solicitações de reembolso por parte de aposentados e pensionistas que afirmam ter sido alvo de descontos não autorizados em seus benefícios. Os valores teriam sido debitados por entidades associativas sem o consentimento dos segurados.

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Segundo balanço divulgado nesta quinta-feira (15), 1.051.238 contestações foram registradas até as 17h, por meio da plataforma Meu INSS e da Central de Atendimento 135. Em contraste, apenas 17.963 beneficiários confirmaram ter autorizado os descontos.
A mobilização ocorre após o INSS começar, na última terça-feira (13), a notificar os cidadãos exclusivamente pelo aplicativo oficial. Desde quarta-feira (14), os beneficiários podem consultar no app e pelo telefone qual entidade efetuou o desconto e o valor cobrado.
Se o aposentado ou pensionista não reconhecer a cobrança, a contestação é enviada automaticamente à associação responsável, que tem 15 dias úteis para apresentar documentos que justifiquem o desconto. Caso não consiga comprovar a autorização, a entidade terá mais 15 dias para devolver o valor.
Para proteger os dados bancários dos beneficiários e evitar novas fraudes, o valor não será depositado diretamente nas contas dos segurados. A quantia será devolvida ao INSS, que se encarregará de repassar o montante aos cidadãos lesados. A operação de verificação e reembolso está sendo conduzida com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Polícia Federal (PF).
As investigações tiveram início em abril, quando uma operação conjunta entre CGU e PF revelou um esquema nacional de descontos associativos fraudulentos em aposentadorias e pensões. Segundo os órgãos, entre 2019 e 2024, entidades teriam desviado cerca de R$ 6,3 bilhões, afetando aproximadamente 4,1 milhões de segurados. As fraudes envolveram o vazamento de dados pessoais e a atuação de corretores para cadastrar os beneficiários sem consentimento, simulando filiações a sindicatos e associações.
Como acessar o aplicativo Meu INSS
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