O Ministério da Saúde anunciou nesta semana a distribuição de 6,5 milhões de testes rápidos para diagnóstico da dengue em todo o Brasil. Essa é a primeira vez que a pasta disponibiliza esse tipo de exame para a rede pública de saúde. O investimento, iniciado em 2024, totalizou R$ 17,3 milhões, com o objetivo de acelerar a identificação de casos, especialmente em áreas remotas ou com dificuldades de acesso a serviços laboratoriais.

Foto: Jornal de Itirapina|Reprodução Gov
A distribuição será iniciada na próxima semana, com o envio de 4,5 milhões de testes na primeira remessa. Os dois milhões restantes serão mantidos como um estoque estratégico, destinado a regiões que possam enfrentar surtos inesperados da doença.
Até então, o Sistema Único de Saúde (SUS) contava com dois métodos principais de diagnóstico: os testes de biologia molecular e os testes sorológicos, ambos realizados nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacen). Com a chegada dos testes rápidos, a população terá acesso a uma alternativa mais ágil, capaz de detectar a presença do vírus diretamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS).
Embora os testes rápidos não identifiquem o sorotipo do vírus, eles são considerados uma ferramenta crucial para ampliar o atendimento, especialmente em situações que exigem resposta imediata. A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, ressaltou a importância dessa iniciativa para a rede de assistência:
“O teste rápido é um avanço significativo para a identificação precoce da dengue, mas não podemos abrir mão da coleta de amostras para a vigilância epidemiológica. É essencial monitorar os sorotipos da dengue e distinguir outras arboviroses, como zika e chikungunya”, afirmou.
A iniciativa de disponibilizar testes rápidos visa não apenas acelerar diagnósticos, mas também contribuir para o planejamento estratégico no combate à dengue. Ao detectar rapidamente os casos, as autoridades poderão agir com maior eficiência, direcionando recursos e estratégias para as áreas mais afetadas.
O Ministério da Saúde reforça que a distribuição será gerida pelas secretarias estaduais e municipais de saúde, que deverão garantir o acesso à nova ferramenta nas UBS e demais pontos da rede pública. Essa medida é parte de um esforço maior para enfrentar a dengue no Brasil, especialmente em períodos de alta transmissão, como os meses de verão. A expectativa é que, com essa nova estratégia, o diagnóstico precoce ajude a reduzir complicações e óbitos relacionados à doença, além de fortalecer o monitoramento epidemiológico em todo o território nacional.