O Ministério da Saúde deu início, nesta sexta-feira (21), à distribuição de 35 milhões de doses da vacina contra a gripe para os estados das regiões Nordeste, Sul, Centro-Oeste e Sudeste. A previsão é que os imunizantes cheguem a todos os estados dessas regiões até o fim do mês. Em abril, uma nova remessa de 30 milhões de doses será enviada, garantindo o avanço da campanha de imunização.
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A primeira remessa, composta por 5,4 milhões de doses, já está sendo distribuída. Já a campanha de reforço da vacinação está programada para começar em 7 de abril, abrangendo todo o público-alvo. Diferente dos anos anteriores, a estratégia de vacinação será mantida ao longo de todo o ano, integrando-se ao Calendário Nacional de Vacinação e não apenas em campanhas sazonais.
Para marcar o início da distribuição, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, acompanhou a entrega das doses em Brasília e detalhou o plano de imunização contra a influenza para 2025. "Nosso objetivo é garantir que o Brasil tenha um dos maiores e mais completos sistemas vacinais do mundo. Queremos atingir uma taxa de cobertura de 90% do público prioritário, e para isso, teremos doses disponíveis o ano inteiro", afirmou o ministro.
O público-alvo da campanha inclui os grupos já previstos no Calendário Nacional de Vacinação, como crianças de 6 meses a menores de 6 anos, gestantes e idosos a partir de 60 anos. O Ministério da Saúde também recomenda que estados e municípios iniciem a imunização assim que receberem as doses.
Para a campanha de 2025, o Ministério da Saúde adquiriu um total de 73,6 milhões de doses. No primeiro semestre, serão distribuídas 67,6 milhões de doses para as regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. No segundo semestre, mais 5,9 milhões de doses serão destinadas à Região Norte. O investimento total na campanha é de R$ 1,3 bilhão, com público-alvo estimado em 81,6 milhões de pessoas.
A vacinação ocorrerá em dois momentos:
Primeiro semestre: Março e abril, nas regiões Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul.
Segundo semestre: Setembro, na Região Norte, alinhando-se ao período de maior circulação viral na região.
O planejamento considera as diferenças climáticas do país. Enquanto no Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste o pico de casos ocorre no outono e inverno (abril a junho), na Região Norte, devido ao clima tropical e ao período de chuvas, o aumento de casos acontece no segundo semestre, entre setembro e novembro, conhecido como "Inverno Amazônico".
Estudos do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC) apontam que a vacinação contra a influenza reduz em 35% o risco de hospitalização por conta do vírus entre grupos de alto risco na América do Sul, incluindo o Brasil. Para pessoas com comorbidades, a redução do risco é de 58,7%, enquanto para crianças pequenas e idosos, os índices de proteção são de 39% e 31,2%, respectivamente.
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A vacina contra influenza de 2025 será composta pelas cepas H1N1, H3N2 e B. Ela pode ser administrada juntamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação. No entanto, o imunizante é contraindicado para crianças menores de 6 meses e pessoas com histórico de anafilaxia grave a doses anteriores. Tanto a influenza quanto a Covid-19 seguem sendo desafios para a saúde pública, especialmente entre os não vacinados. O Ministério da Saúde reforça a importância da imunização e convida toda a população a participar. "Vacinar-se é um ato de cuidado próprio e coletivo. As vacinas são seguras, eficazes e gratuitas", enfatizou a pasta em nota oficial.