NotíciasPapa Francisco agradeceu a seu enfermeiro por último giro na Praça São Pedro: “Obrigado por me trazer de volta à Praça”.

21 Abril, 2025


Entre as últimas palavras do Papa Francisco, pronunciadas com gratidão e emoção, estava um agradecimento a Massimiliano Strappetti, enfermeiro que o acompanhou de perto nos momentos mais delicados de sua saúde. “Obrigado por me trazer de volta à Praça”, disse o Pontífice após o último giro de papamóvel pela Praça São Pedro — o primeiro desde sua alta hospitalar e, como se revelaria, o último de sua vida.

Papa Francisco agradeceu a seu enfermeiro por último giro na Praça São Pedro: “Obrigado por me trazer de volta à Praça”

Foto |Reprodução Vatican News

Strappetti, nomeado assistente pessoal de saúde do Papa em 2022, tornou-se figura central na rotina médica do Papa Francisco. Foi ele quem, anos antes, o encorajou a realizar uma cirurgia no cólon, decisão que o próprio Pontífice creditou como crucial para sua sobrevivência. Durante os 38 dias de internação no Hospital Gemelli e o subsequente período de convalescença na Casa Santa Marta, Strappetti esteve ao lado do Papa em tempo integral.

Na véspera do Domingo de Páscoa, os dois estiveram juntos na Basílica de São Pedro para revisar o percurso da tradicional bênção Urbi et Orbi, que o Papa faria no dia seguinte da sacada central. Na manhã daquele domingo, Francisco surpreendeu ao percorrer a Praça São Pedro a bordo do papamóvel. Visivelmente comovido, ele se aproximou da multidão e, com especial carinho, saudou crianças e fiéis — um gesto que sintetiza o espírito de proximidade que marcou seu pontificado.

Ainda que demonstrasse certo receio antes do passeio — “Você acha que eu consigo?”, perguntou ao enfermeiro —, recebeu de Strappetti o incentivo necessário. O momento foi de grande simbolismo: um líder exausto fisicamente, mas movido pelo desejo profundo de reencontrar o povo.

Após esse gesto final, o Papa retornou à Casa Santa Marta. Descansou durante a tarde e jantou normalmente. Por volta das 5h30 da manhã da segunda-feira, surgiram os primeiros sinais de mal-estar. Rapidamente atendido por quem o acompanhava, Papa Francisco manteve a consciência por algum tempo, ainda tendo força para acenar a Strappetti. Pouco depois, já deitado em seu quarto no segundo andar da residência papal, entrou em coma.

Segundo relatos de membros da equipe médica, sua morte foi tranquila, sem sofrimento. Uma partida silenciosa e quase súbita, ocorrida no dia seguinte à Páscoa — após ter abençoado o mundo e, como fez por tantas vezes ao longo de seu pontificado, ter voltado a abraçar o povo.

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