A Petrobras anunciou, nesta segunda-feira (31), uma redução de R$ 0,17 por litro no preço do óleo diesel A comercializado para as distribuidoras. O reajuste, que representa uma queda de 4,6%, entra em vigor a partir desta terça-feira (1º). Com isso, o valor médio do combustível nas refinarias passa a ser de R$ 3,55 por litro. De acordo com a estatal, considerando a mistura obrigatória de 86% de diesel A e 14% de biodiesel para a formação do diesel B — vendido nos postos de combustíveis —, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor final será de R$ 3,05 por litro, refletindo uma redução de R$ 0,15 por litro do diesel B.
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Esse é o primeiro corte no preço do combustível desde dezembro de 2023. O último ajuste ocorreu em 1º de fevereiro deste ano, quando a Petrobras aumentou o valor em R$ 0,22 por litro. No acumulado desde dezembro de 2022, o preço do diesel nas distribuidoras já caiu R$ 0,94 por litro, o que corresponde a um recuo de 20,9%. Quando ajustada pela inflação, a queda chega a 29%.
Apesar da redução anunciada pela Petrobras, o preço final do diesel nos postos depende de outros fatores, como tributos federais (PIS e Cofins), imposto estadual (ICMS), preço do biodiesel e as margens de distribuição e revenda. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), até esta segunda-feira (31), o diesel comercializado pela estatal estava R$ 0,08 por litro acima da paridade internacional.
A queda no preço do diesel pode ter reflexos indiretos na economia, especialmente na inflação. Como o combustível é essencial para o transporte de mercadorias, o impacto é mais perceptível nos preços de alimentos e outros produtos que dependem do frete rodoviário. Por outro lado, bens de maior valor agregado, como eletrônicos e automóveis, tendem a sofrer menor influência da variação nos custos do diesel. O comportamento dos preços ao consumidor dependerá ainda de outros fatores, como oscilações no mercado internacional de petróleo, variação cambial e eventuais ajustes na política de preços da Petrobras.