A Polícia Federal (PF) indiciou nesta quinta-feira (21) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros 35 envolvidos, incluindo ex-integrantes de seu governo, por crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, tentativa de golpe de Estado e organização criminosa.

Foto: Amanda Perobelli/Reuters - O ex-presidente Jair Bolsonaro, em imagem de 25 de março de 2024
O indiciamento faz parte de um inquérito que investiga a tentativa de manter Bolsonaro no poder após sua derrota nas eleições de 2022 para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Entre os indiciados, destacam-se o general Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o general Braga Netto, ex-ministro da Casa Civil e da Defesa e candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro; o delegado Alexandre Ramagem, ex-presidente da Agência Brasileira de Inteligência (ABIN); e Valdemar da Costa Neto, presidente do PL.
O relatório final do inquérito, com mais de 800 páginas, foi concluído no início da tarde e será encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Caberá à Procuradoria-Geral da República (PGR) avaliar se formaliza denúncias contra os indiciados. Caso as denúncias sejam apresentadas, o STF será responsável pelo julgamento.
As acusações, consideradas graves, preveem penas rigorosas conforme estabelecido na legislação brasileira.