A Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) atualizou suas diretrizes e reduziu para 35 anos a idade inicial recomendada para o rastreamento do diabetes tipo 2 em pessoas assintomáticas. A mudança foi divulgada em março, na revista Diabetology & Metabolic Syndrome.

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De acordo com o novo documento, o rastreamento deve ser feito em todas as pessoas a partir dos 35 anos. A recomendação também se estende a adultos mais jovens que apresentem sobrepeso, obesidade ou outro fator de risco, além daqueles classificados como de alto ou muito alto risco para a doença.
A publicação traz ainda orientações para crianças e adolescentes assintomáticos: o exame deve ser realizado a partir dos 10 anos ou após o início da puberdade, em casos de sobrepeso ou obesidade, ou quando houver pelo menos um fator de risco adicional — como histórico familiar de diabetes.
Segundo dados da Federação Internacional de Diabetes (IDF), quase 45% dos adultos com diabetes desconhecem o diagnóstico. No Brasil, esse índice é de aproximadamente 30%, de acordo com a SBD.
A prevalência da doença no país chega a 10,5%, o que representa cerca de 20 milhões de brasileiros vivendo com diabetes — a maioria com o tipo 2, caracterizado pela produção insuficiente de insulina ou pela dificuldade do corpo em utilizá-la adequadamente.
Principais fatores de risco
Entre os fatores que aumentam a probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 estão:
. Obesidade
. Sedentarismo
. Hipertensão arterial
. Doenças renais
. Histórico familiar
Especialistas reforçam que prevenção e diagnóstico precoce são essenciais para reduzir complicações e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.