Nesta terça-feira (14), a Ucrânia lançou um bombardeio de larga escala contra cidades russas, envolvendo mais de 200 mísseis e drones, segundo autoridades ucranianas. A ofensiva, considerada a maior contra alvos militares no território russo desde o início do conflito, atingiu localidades como Engels, Saratov, Kazan, Bryansk e Tula, conforme informações de Andriy Kovalenko, chefe do Centro Oficial da Ucrânia Contra a Desinformação.

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De acordo com as Forças Armadas da Ucrânia, os ataques focaram em instalações estratégicas, incluindo fábricas de armamentos, refinarias de petróleo e armazéns militares, localizados a até 1.100 km dentro do território russo. A ação faz parte de uma estratégia ucraniana para enfraquecer a infraestrutura militar da Rússia.
Em resposta, o Ministério da Defesa russo informou que interceptou 180 drones ucranianos, além de seis mísseis balísticos de longo alcance ATACMS, fabricados nos Estados Unidos, e oito mísseis Storm Shadow, de origem britânica, nas últimas 24 horas. Afirmou ainda que as forças russas teriam conseguido neutralizar a maior parte dos equipamentos lançados pela Ucrânia. Além disso, um canal russo no Telegram relatou que mais de 200 drones ucranianos teriam sido abatidos pelas defesas aéreas russas.
O ataque representa uma intensificação significativa no conflito entre os dois países, com a Ucrânia adotando medidas mais ousadas para atingir objetivos estratégicos em solo russo. O bombardeio ocorre em meio a uma guerra prolongada e uma crescente troca de acusações entre os dois lados sobre ataques a civis e infraestrutura.

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Especialistas acreditam que a ofensiva reflete um esforço ucraniano de demonstrar capacidade operacional em profundidade no território russo, enquanto desafia as defesas aéreas de Moscou. Por outro lado, a resposta rápida da Rússia sugere um aumento no uso de tecnologias avançadas para conter a ofensiva ucraniana. Com o aumento das tensões e ataques de grande escala, o cenário no leste europeu continua imprevisível, colocando a diplomacia internacional sob pressão para evitar uma escalada ainda maior do conflito.